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Arquitetura em seu estado da arte

No universo arquitetônico, os museus assumem um papel bastante ativo no que diz respeito a caracterizar os ambientes em que estão inseridos, conferindo a eles uma identidade singular e que dificilmente será mudada. Há tempos os museus deixaram de ser o lugar em que as sensações, expressões e ideias são expostas e concentradas somente nas obras dos acervos, e passaram a integrar estas mesmas características em sua arquitetura. Ano após ano os museus têm se destacado por suas expressões, formas e estilos únicos e que são verdadeiras obras de artes por si só. Conheça alguns projetos que ficam para a história e mudaram completamente a maneira como os espectadores enxergam os museus. O Efeito Bilbao Situado à beira do Rio Nervión, em Bilbao, na Espanha, o Museu Guggenheim é marcado pelos seus traços complexos e a fusão com um ambiente totalmente urbano e industrial. Considerado uma das maiores referências arquitetônicas, o Museu traz exposições que movimentam toda a Espanha, a tal ponto que foi o responsável por boa parte do crescimento econômico da cidade, com o mercado de turismo. Contemporaneidade nas curvas É impossível andar pela Baía da Guanabara e não contemplar uma das construções brasileiras mais expressivas que existem na atualidade. Trata-se do Museu de Arte Contemporânea de Niterói, criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, palco de grandes obras de arte contemporânea do século XX. Além do MAC de Niterói, Niemeyer criou um dos pontos turísticos mais icônicos da cidade de Curitiba, o museu que leva o nome do artista, também conhecido como Museu do Olho. O prédio principal do Museu foi inaugurado em 1978, com o objetivo de ser a sede das secretarias, mas o Estado decidiu transformar a área em um novo museu. A construção passou por adaptações e ganhou um novo anexo, também de autoria do arquiteto, e que foi responsável pelo apelido tão popular. A Arquitetura de Santiago Calatrava Além do MAC de Niterói, o Rio de Janeiro tem outro museu considerado um grande ícone arquitetônico. O Museu do Amanhã, presente na região portuária do Rio de Janeiro com sua notável forma longilínea, que segundo a administração do próprio museu, é inspirada nas bromélias do Jardim Botânico, foi projetado para que a estrutura se integrasse com a paisagem em volta. Além da assinatura do arquiteto Santiago Calandra, o paisagismo do local foi assinado pelo notável escritório Burle Marx, que criou um jardim para que as pessoas pudessem aproveitar para relaxar, depois de visitar as exposições no museu, além de ter papel ativo na composição da obra. Uma obra de arte no Cabral Assim como grande parte dos projetos arquitetônicos dos museus, o Arbo Cabral foi criado para inspirar e mudar também culturalmente a região do Cabral, em Curitiba. O edifício possui traços contemporâneos e, logo na entrada, possui um painel artístico que complementa os traços artísticos do desenho do edifício, e que recebe todos aqueles que chegarem ao empreendimento. A obra de arte foi criada pela equipe do escritório Burle Marx, que também é responsável por todo o paisagismo do empreendimento, pensando em balancear os traços recortados e geométricos da fachada do Arbo, fazendo do painel um ponto de transição entre as curvas clássicas do paisagismo de Burle Marx e os traços mais sóbrios da fachada do empreendimento.

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